19.5.10

Insônia

-Rabiscos poéticos

















Enquanto dormem os depressivos e pouco amados
Nós - os neuróticos - ficamos acordados
Sem conseguir nem mesmo as pálpebras cerrar
O denso ar no labirinto eterno a ressoar
Contando carnerinhos que atravessam as molduras dos sonhos
Rumo ao terreno onírico dos pensamentos medonhos

"Ela me ama de verdade?"
"Deus de nós tem piedade?"
"Serei eu feliz na vida?"
"Sou um bufão ou suicida?"
"Qual é a origem dessas dúvidas?"
"São lágrimas a desbotar minha íris úmida?"

Uma ida ao banheiro
Uma oração
Vontade de comer
Mudar de posição

E a madrugadora aurora devora a escuridão
Antes que Morpheu cumpra sua missão.

Frico odeia ter insônia, mas dorme tarde por livre e espontânea vontade todos os dias, porque é o único jeito de ter tempo para escrever.

Veja também:
-O Cântico dos Bantos
-Sabe qual é meu medo?

Um comentário:

Marina disse...

adorei teu poema. Tem ritmo!!! muito bom....

Related Posts with Thumbnails