24.7.10

Teste Vocacional

Testes Vocacionais
É impressionante a quantidade de gente que chega na época de prestar vestibular sem saber que profissão escolher e o que quer da vida. Uma das páginas mais procurada no site do Guia do Estudante é a home de Testes Vocacionais.

Pra quem ta perdidão, eu recomendo este AQUI que é um dos mais completos.

-Mande suas dúvidas para um orientador vocacional
-Consulte o Guia de Profissões

14.7.10

Breve história do rock de Penápolis (1985-2003)

Destruindo a Rotina

Achei no meio das minhas coisas um fanzine que nunca lancei contando de forma rápida a história do rock alternativo de Penápolis. Acompanhei as coisas de perto a partir de 1997, quando assisti o tal show do Dr. Ratazana no Colégio Coração de Maria. Pra história antes disso contei com a memória do André Gubolin, baterista de diversas bandas  e co-organizador do festival "Destruindo a Rotina". Quem lembrar de mais algum detalhe pode deixar comentários abaixo. A história aqui vai até 2003, quando eu já estava fora de Penápolis e o Praga de Mãe acabou.


-Uma poesia pra Penápolis
-Show da banda Milhouse em Penápolis


Praga de Mãe, 2001

Pré-História
Penápolis uma pequena cidade de cerca de 60.000 habitantes. Deserto roqueiro onde se encontrava o maior combustível  para  as bandas de garagem: o tédio. Sem muitas opções  de lazer não havia outra escolha a nãe ser se trancar em casa e rolar um som.

A cena toda se iniciou  na segunda metade da década de oitenta: as vilas da cidade fervilhavam, gangues de metaleiros brigavam entre si e se reuniam para ouvir death e trash metal. Nessa época surgiu a banda "Bárbaros do Metal". Chegou a rolar um certo intercâmbio com as cidades próximas como Araçatuba. Ocorreram alguns pequenos festivas precários nas vilas e até o Clube Corinthians tinha noites dedicadas ao rock. O undeground estava forte.

Apesar dessa  euforia inicial, com o fim da  sua única banda, a cena se desfez aos poucos. As brigas entre as gangues também acabaram  pichando o movimento. O rock voltaria apenas no início dos anos 90, saindo um pouco da periferia e migrando do metal para o punk...

Ler matéria completa


Hëllisch, 1996

Por volta de 1990, surgiram duas bandas fundamentais para a cena local: N.D.A. e Hëllisch. A Hëllisch surgiu de uma brincadeira entre amigos. Era uma galera que sempre se reunia: roqueiros, fãs de Ramones, adolescentes sem ter o que fazer. Eles se encontavam na escola "OCEU Positivo" e ficavam rolando som com os instrumentos da fanfarra, tudo na brincadeira e sem qualquer noção musical. Foi uma alegria  pra galera quando eles conseguiram tirar o primeiro som dos Ramones. Dessas jams surgiu a banda Orgasmo de Mandruvá, ainda com Alberico, que daria origem a Hëllisch. A Hëllisch foi a primeira, e por muito tempo única, banda de punk rock da cidade. Tocavam basicamente Ramones, mas também Raimundos, Sex Pistols e outras. Junto a Hëllisch surgiu o N.D.A., banda de pop/rock formada por Fernando, Rodrigo e Lucas Cazzela. As duas bandas tocaram por muito tempo sozinhas, sempre buscando novos lugares para se apresentar e reunindo cada vez mais roqueiros. Com a saída de Alberico, o Hëllisch passou a contar com Caio, no vocal; Cotonete, no baixo; Sassi na guitarra e Ifo, na bateria. Era um tempo de camaradagem  e extremo amadorismo, com a turma sempre junta.

Posteriormente, Ifo saiu e quem assumiu a baqueta foi o camarada da banda, Pio. Havia toda uma galera junta da banda como Gilson "Punk", André "Hëllichato" e as amigas Fernandas ou as "The Fers". Em 1996, a cena se fortaleceu com a volta das bandas de metal. Primeiro o thrash do Kreusá, formado por Eduardo "Vermeyo", Miguel Podre e Evandro e depois o MIND de André "Ramone" Gubolin(o Hëllichato), André Sinistro e Deley. Depois o Kreusá se tornaria HellFire, uma das melhores bandas da cidade, que contava ainda com Pevi no baixo.

A cena ia se expandindo e conquistando novos espaços: bares, escolas e praças. Valia tudo para tocar ao vivo. O N.D.A ficou célebre pelos covers de Mamonas Assassinas, incorporando, inclusive, a performance bem-humorada da banda nos palcos, com fantasias e tudo mais. Com o fim do N.D.A, Lucas formou a Tuna com Sandro, Ivan e Turcão. A banda madava covers de rock nacional e internacional, alternando um set acústico com rock mais tradicional. Entre 1997 e 1998, surgiria o Dr. Ratazana, formada por jovens de classe média que estudavam  no colégio "Coração de Maria". A banda fazia um som punk pop/grunge, com covers de Green Day, Nirvana e Raimundos. Inicialmente formada por Alexandre Soares, Matheus, Daniel "Pará" e Mancuso, logo o Ratazana teve sua formação alterada. A banda iria ensaiar com a bateria emprestada de André Ramone, cuja banda MIND havia terminado. André acabou tocando um pouco no ensaio e, como Mancuso não sabia  tocar direito,acabou ganhando seu lugar... Estrearam em um show antológico no "Colégio Coração de Maria" pra um bando de pirralhos empolgados. Essa foi uma das melhores apresentações da banda que quebrou tudo. Outro bom show foi um festival no antigo Kai Kan, que reuniu o Dr. Ratazana, o 1,99 e o HellF|ire. O HellFire, inclusive, em grande forma e com um público fiel que havia sobrado das sementes plantadas pelos metaleiros das vilas da cidade.  Mas, sem dúvida, o festival que melhor representou essa geração do rock de Penápolis foi o "Urbano Acústico: Concerto de Férias" realizado, óbvio, durante as férias escolares. Tuna, Dr. Ratazana, HellFire e Hëllisch(com Cotonete na bateria) subiram no palco nessa ordem e fizeram  a "Avenida", principal point dos jovens penapolenses, tremer com 5000 watts de potência. Nessa época, algumas bandas já tinham fita demo, caso do Dr. Ratazana e da Hëllisch.(Pioneira nas fitas demo e que posteriormente gravou também um cd independente). Logo o Dr. Ratazana acabou e André ficou tocando em duas bandas o 1,99(depois Katalepsya) com Bicão e Igor, e a Jam, um projeto deles com Cotonete.  Em 1999, Igor se afastou rapiddamente da Katalepsya e entraram Gabriel e Fábio. A banda passou a tocar metal - de Iron Maiden à músicas próprias de death metal, mas logo Igor voltou e Katalepsya e Jam se fundiram.

Com o fim do Ratazana, Matheus entrou na Hëllisch e Pará no Sandman, banda criada por Lucas Cazella para dar prosseguimento ao seu trabalho com a finada Tuna. Tocavam com eles, ainda, Sandro e Bruno Campanha.

Segunda geração
Gilvan em 2003, organizador dos primeiros festivais

Até ai o rock da cidade não passara por uma renovação. Em 1999 as coisas seriam diferentes. Começaram a aparecer novos roqueiros que, influenciados por Dr Ratazana, Hëllisch e Cia, resolveram procurar fazer um som. Um desses primeiros frutos foi o trio formado por Fred Di Giacomo, Rafael Kiwi e Tiago. A banda terminou logo, quando Fred foi atropelado por uma moto indo ao ensaio de bicicleta, mas esse embrião acabou dando origem, ao grupode de grunge Jockeypaul, futura Dinastia.

Outro festival rolou na Avenida com Sandman, Hëllisch, Katalepsya e Jockeypaul. No final do ano explodiram novas bandas. The Sexmaniacs de punk rock escrachado, Andarilhos do Asfalto de rock e punk  e Kisher que rolava Legião Urbana e punk.

O The Sexmaniacs teve vida curta e com a saída do baterista Shell deu origem ao Thelema, de Rodrigo "Popó" Peters, João Flávio, Tori e Maurício. Depois saiu Rodrigo  e entrou Alexandre Soares(ex-Dr Ratazana) passando pra um som mais pop com covers de Bon Jovi e Cássia Eller. Os Andarilhos do Asfalto também logo mudaram.  Formados pelos irmãos Di Giacomo(Fred e Gabriel) e Bruno "Brisa" Jardim a banda diminuiu o nome para Andarilhos e passou a contar com Edgar "Gaznso" na guitarra. Tocando som próprio("Fuga para parte Alguma", "Censurado", etc) punk tosco e donos de performances piradas, a banda se apresentou ao lado de Jockeypaul e Thelema até conhecer  a galera da Vila América.  A Vila América foi entre 1999 e 2000 um celeiro de bandas. Garotos roqueiros, ligados ao movimento estudantil, na maioria de origem humilde e com afinidade com punk e grunge, eles deram origem aos Militantes(ex-Kisher), Stranger(ex-Punks de Brinquedo) e posteriormente Indigentes. Essas bandas unidas aos Andarilhos passaram a organizar a nova cena local realizando diversos festivais com bandas de todo o noroeste paulista. Surgiu um forte intercâmbio com as cidades próximas como Araçatuba, Birigui, Rio Preto, Coroados e outras. A dobradinha mais recorrente que se pode ver nos palcos foi Andarilhos/Militantes que tocavam em todos os buracos possíveis, e se apresentaram, inclusive, ao vivo na Rádio Difusora. Outras bandas que apareceram, mas tiveram vida curta foram a Black Star, a Ponto G e os Gametas. Hëllisch e HellFire já haviam saído da cidade.  A Tuna voltou a ativa e chegou a gravar cd. Surgiram fanzines, incialmente o Ira!(dos irmãos Di Giacomo(ex-editores do Afrociberdeli@, ao lado de Rodrigo Popó) e em 2001 uma série como o "Manifesto Feminista"  e o "Rock Brasil". Ao lado das bandas um galera sempre comparecia aos shows e mantinha os contatos com o pessoal de fora: Rakel, Bia, Bina, Thaiana, Silvia, Peru, Andrei... Fred, Gabriel e Gilvan conseguiram um programa de rádio na Bandeirantes. Entre os festivais destacaram-se "O 1º Massacre da Guitarra Elétrica" e o "2º Karna Rock", ambos com a presença de Andarilhos(agora com Wilson nos vocais e Marcão do Valle na guitarra), dos Militantes(formados por Junior, Gilvan, Ga, Vandinho e Duardo) e de bandas de fora. Os festivais contaram com a presença maciça de público, o que demonstrava a força da nova cena local. Um busão cheio de anarcopunks de Araçatuba, ostentando uma bandeira do MST, decorou as ruas da pacata "princesinha da Noroeste". 

Em 2001, até março, o que se viu foi uma continuação desse movimento de bandas com som agressivo e fé no lema punk do "faça você mesmo". Mas em abril os Andarilhos se separaram e os Militantes(já experientes em shows pela região, especialmente no centro cultural anarcopunk Quilombola, de Araçatuba) começaram a parar de tocar. Dos Andarilhos surgiu o trio 100% punk/hardcore Praga de Mãe. Programou-se o festival "Destruindo a Rotina" com oito bandas, entre elas o Dr Ratazana(de volta com a formação original), o Praga de Mãe e os Militantes.

 Hardcore feminista era a praia do Grito Feminino

Muitas coisas viriam depois. Uma banda formada só por meninas(Grito Feminino), hardcore melódico, trocas de cartas e zines, mais shows pela região, apoio da prefeitura para realizar o 1º Encontro Regional de Rock. Uma nova geração iria arregaçar suas mangas e formar seus próprios grupos de garagem mantendo vivo o espírito rock 'n' roll de uma cidade caipiria. Já que em Penápolis, o tédio - principal combustível do rock - continua abundante.

Fred Di Giacomo.(ex-Andarilhos, ex-Praga de Mãe, ex-Mullets, ex-editor dos zines Ira! e Afrociberdeli@ e atualmente nas bandas Milhouse e Cuecas Rosas), com a colaboração de André "Ramone" Gubolin.

6.7.10

10 posts mais acesados de junho

Sim, nós amamos rankings. Até mesmo de rankings que fazem referência ao próprio conteúdo desse bloguinho maldito e nascoxa. Aí abaixo, vão os grandes campeões de audiência publicados em junho. Pare, relembre os absurdos aqui cuspidos e volte para sua rotina normal e tediosa. Rá!

1) Pitty - Musas Rock 'n' Roll

Rá! Safadinhos vocês, hein? Entrando aqui só pra ver a Pitty peladona né? 


http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/pitty-musas-rock-n-roll.html

2)Lamento Sertanejo
Minha confissão poética + música do Gil fez sucesso entre os caipiras na metrópole



http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/lamento-sertanejo.html

3)Maiores maconheiros da ficção - Top 5
Cheech e Chong levaram o troféu, mas vale conferir este ranking chapado

http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/maiores-maconheiros-da-ficcao-top-5.html


4)Melhores bateristas do mundo - Lista da Rolling Stone
Listas são um sucesso!
http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/melhores-bateristas-do-mundo-lista-da.html


5)Coros enxutas - Top 5
Humor + vídeo + mulheres



http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/coroas-enxutas-top-5.html


6)Miranda July - Hallway
Nossa galeria de artistas recebe a multimídia Miranda July



 http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/miranda-july-hallway.html

7)Blaze Starr - Musas Pin Ups
Oh, Blaze...


http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/blaze-starr-musas-pin-ups.html

8)Cabeça de Nêgo - Sabotage 
Uma das melhores canções do falecido Sabota, mistura de samba e rap
http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/cabeca-de-nego-sabotage.html

9)Revista Medulla - Arte Erótica
Revista digital coletiva que conta com a participação do Punk Brega Frico.

 
http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/revista-medulla-01-arte-erotica.html

10)Umbabarauma 2010 - Mano Brown + Jorge Ben + galera da pesada
Nike junta Mano Brown e Jorge Ben, e você, o que acha?
 http://memoriasdeumperdedor.blogspot.com/2010/06/umbabarauma-2010-mano-brown-jorge-ben_15.html

5.7.10

5 sons pioneiros do rap nacional

O hip hop chegou no Brasil nos anos 80, numa transição do que era o black power dos anos 70, para o que seria o rap nacional. B.boys, MC's e alguns grafiteiros se reuniam no centro de São Paulo, perto da estação São Bento para dançar e trocar ideia sobre música. Em 1988, André Jung e Nasi, da banda Ira!, produziram a coletânea "Hip Hop Cultura de Rua" para o selo Eldorado. Foi o disco que lançou Thaíde e DJ Hum(com "Corpo Fechado") e Mc Jack(de "A minha banana"). Algum tempo depois, sairia "Consciência Black" estrelando Racionais Mc's e sua "Pânico na Zona Sul". Um dos primeiros hits do movimento foi a ingênua e dançante "Nome de menina" de Pepeu. Junto com nomes como Código 13 e Athaliba e a Firma, ele fazia o hip hop revezar crítica social com músicas dançantes e animadas. Nélson Triunfo era o grande nome do break e, nos anos 90, a cena cresceria muito com várias bandas gravando discos em todos os estados do Brasil, principalmente depois da forcinha dada pela estreia de Gabriel, o Pensador - um branco de classe média que ajudou a popularizar o som entre todas os grupos sociais.

***

Quando eu fiz a lista dos 10 clássicos do rap nacional, meu critério foram músicas que foram importantes na época de seu lançamento, influenciaram outros grupos e ficaram na cabeça dos amantes do estilo até hoje. Mas faltaram alguns sons pioneiros, que hoje em dia não são mais tão lembrados, mas foram importantes por abrir caminho para tudo que veio depois. Desses, eu escolhi seis pra você curtir e relembrar. Aumente o som e divirta-se!


1)Nome de menina - Pepeu




2)Política - Athaliba e a Firma


3)Corpo Fechado - Thaíde e DJ Hum


4)A minha banana - Mc Jack


5)Pânico na Zona Sul - Racionais Mc's


Bônus:
Ndee Naldinho merece estar em qualquer lista de pioneiros do hip hop, sua história com o rap começa nos anos 80, quando a cena surgiu no Brasil. Como nasci em 84, só comecei a escutar som de verdade nos anos 90, quando descobri "Melô da Lagartixa" numa fita cassete de um camarada. Não achei a data exata da música, por isso deixei ela como bônus aqui nessa lista de sons das antigas.

Melô da Largatixa - Ndee Naldinho

2.7.10

Tales of Rat Fink - Documentário sobre "Big Daddy" Ed Roth

Sexta-feira nos sintonizamos os mais estranhos filmes e clipes na nossa tv Punk Brega

-Tudo sobre quadrinhos
-Fotos de Cadillacs antigos

Pra você quem curte carros, cartuns ou contracultura(e entende inglês) o filme abaixo - "Tales of Rat Fink" - é um prato cheio. Em uma hora e catorze minutos mezzo bizarros(grande parte das entrevistas foi feita com "carros falantes"), mezzo engraçados, você fica conhecendo a cutltura dos hot rods & kustom cars(carros exoticamente customizados) , algo que transformou nosso tradicionais "objetos de consumo poluentes" em arte - aliás, segundo o filme, a única arte genuinamente americana. Além de liquidar a massificação dos carangos, transformando-os em esculturas únicas, Ed Roth também foi responsável pela criação do anti-Mickey Mouse, Rat Fink, e de outros bichos escrotos que ganharam páginas de revistas, álbuns de figurinha e também camisetas e, claro, carros. Aliás, Ed foi um dos criadores das camisetas com mensagens e ilustrações que todo mundo usa. É que até Ed botar seus monstros nelas, essas peças serviam mais como roupa de baixo.

Movido pela trilha sonora surf music dos The Sadies, o documentário -narrado por John Goodman - aposta numa linguagem pouco tradicional, cheia de animações e que foge dos clichês do gênero.

1.7.10

Jamie Livingston - Photo of the Day: 1979-1997

Quinta é dia de garimpar arte na web e trazer pepitas pra vocês!




Algumas pessoas fotografaram o próprio rosto ou o mesmo lugar por anos. O personagem principal do poético "Cortina de Fumaça" (Smoke) clica a faixada de sua loja diariamente, lembram? Jamie Livingston (1956-1997) - fotógrafo, cineasta e artista circense - registrou por 18 anos uma foto do seu cotidiano com uma Polaroide. De 1979 até o dia da sua morte por câncer, Jaimie guardou um clique da vida. Algo  banal, o retrato dos amigos, o trabalho e até alguns famosos. Através da infinidade de poses, você vai descobrindo um pouco quem é aquela pessoa e como ela vive. Em 1997, Jaimie luta contra o câncer - cenas de hospitais tornam-se frequentes. Ele perde o cabelo, se casa e fatalmente morre. Você já está íntimo de Livingston e sente sua perda como se fosse um velho amigo.



Tudo isso virou uma exposição e um site organizado pelos amigos de Livingston, Hugh Crawford e Betsy Reid.


Se é a arte imitando a vida ou a vida imitando a arte eu não sei. Só sei que é bonito pra cacete.

Saiba mais sobre o projeto(em inglês):




30.6.10

"Não devemos nada a você", Daniel Sinker

-Conheça a autobiografia de Dee Dee Ramone

As coisas à sua volta acontecem muito rápido, você está ansioso pra fazer alguma coisa, mas não sabe por onde começar? Calma! Respire, compre (baixe ou roube) o livro “Não devemos nada a você” e leia todas as 30 entrevistas até o final. Pronto, agora você pode montar sua banda, seu coletivo, sua ONG ou sua própria gravadora. Você pode até mesmo sonhar em mudar o mundo e ter exemplos concretos de gente que trabalhou pra isso.

Inspiração é o que transborda das quase 300 páginas de conversas com figuras importantes da cena punk/alternativa americana que falaram com a revista Punk Planet, em seus 13 anos de vida. E lá estão veteranos do punk rock como Jello Biafra(ex-Dead Kennedys) e Ian Mackaye(ex-Minor Threat e Fugazi), mas também grupos novos como The Gossip e Los Crudos. Artistas hype como Miranda July, pensadores como Noam Chomsky e produtores como Steve Albini. Todos unidos pela vontade de fazer as coisas de forma independente, de achar uma alternativa ao status quo. “Do it yourself” grita para o leitor cada entrevista.

É bacana conhecer uma cena onde punk ou atitude alternativa não são coisas só de meninos rebeldes ou de figuras uniformizadas com moicanos e coturnos(nada contra moicanos, só contra padrões). Muitas das vozes de “Não devemos nada a você” saem de pessoas que vivem daquilo há anos. Que realmente fazem coisas práticas - como ajudar mulheres a abortar ou levar mantimentos para o Iraque – para mudar nossa sociedade. Pra quem se interessa por imprensa alternativa, rock, punk ou cultura independente é item obrigatório. Pra quem não se interessa por nada disso, é uma forma inspiradora de começar.

-Leia alguns contos punks, se tiver coragem.
-Todos livros explosivos que resenhamos


Capa da edição gringa - bem mais bacanuda que a nossa, né?



É só isso?
Não, também tem entrevistas com Thurston Moore(Sonic Youth), Bob Mould(Hüsker Dü & Sugar), Black Flag, Kathleen Hanna(Bikini Kill & Le Tigre), Sleater-Kinney, Porcell(Shelter), entre vários outros.




NÃO DEVEMOS NADA A VOCÊ

Organização e edição: Daniel Sinker
Edições Ideal
308 p. / R$ 40
www.idealshop.com.br


Daniel Sinker, criador da Punk Planet

29.6.10

Revista Medulla #01 - Arte Erótica

Medulla 01

Baixe nossa revistinha subversiva aqui ou aqui

Capa - Arte Erótica: pós-modernismo, modernidade tardia ou era do vazio: definições e considerações. Por André HP
Opinião: Deus Mutante, Multifacetado, Indeciso, Inconstante. Por André HP
Resenha: Eu Mato. Por Taize Odelli
Artista: Pedro Franz. Por Larissa Palmieri
Especial: Maiores Nerds das Séries de TV. Por Frico 
Humor: Entrevista com O Todo Poderoso. Por André HP
Charges: Comunista Ateu. Por Doo

- Leia a primeira edição

28.6.10

Maiores maconheiros da ficção - Top 5

por Bárbara dos Anjos e Fred Di Giacomo

Enquanto na vida real, os políticos ficam passando a bola da questão da legalização uns pros outros, na ficção os artistas já resolveram que está tudo liberado. Proporcionalmente à diminuição da presença do tabaco nos filmes, séries e quadrinhos, a marijuana tem tomado a ponta das drogas mais populares, tornando-se o verdadeiro cigarrinho de artista. Fizemos esta lista baseada em filmes, séries, quadrinhos e livros, confiando em nossa memória e baseado em que nós podemos fazer quase tudo.

5) Capitão Améria e Billy The Kid, “Easy Rider” – cinema



O filme é fruto de uma viagem de Peter Fonda. E a gente pode dizer isso literalmente. O ator contou para o escritor Lee Hil no livro “Sem Destino” (Editora Rocco) que teve a ideia para o roteiro do longa em 1967, após fumar um baseado e olhar o cartaz de divulgação de “The Wild Angels” – longa sobre uma gangue de motoqueiros que ele atuou em 1966. Em Easy Rider, os personagens Capitão Améria e Billy The Kid cruzam os EUA de moto. Assim como o filme, o clima das gravações também foi totalmente hippie: o ator Jack Nicholson já revelou em entrevistas que na famosa "cena do mato" fumou cerca de cem (!!!) baseados. Easy Rider foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original em 1970. O enredo não ganhou o prêmio da Academia mas com certeza merece o título de filme mais maconheiro de todos os tempos.

4)Wood e Stock – Quadrinhos

Eles pediram carona, fumaram maconha, usaram sandálias de couro, fumaram maconha, tocaram rock 'n' roll, fumaram maconha e... envelheceram!(Mas continuam fumando...) Wood & Stock são uma versão nacional de Cheech & Chong, só que 30 anos mais velhos. Criados pelo quadrinista Angeli, a dupla de "eternos hippies carecas cabeludos" já queimou estoques quilométricos de "orégano" em tirinhas, álbuns de quadrinhos e no longa-metragem de animação "Wood & Stock - Sexo, óregano e rock 'n' roll", que contou em sua trilha sonora com doidões da estirpe de Arnaldo Baptista, Rita Lee e Júpiter Maçã.


3) Eric, Fez, Kelso e Hyde, That’s 70 Show – Séries de TV


Como a própria Kitty, mãe da família Foreman disse: “Nosso porão parece Amsterdã”. Sim, a série retratava os anos 70, mas nunca se viu tanta gente chapada no horário nobre americano e nem por tanto tempo! Durante oito temporadas, a série retratou o dia-a-dia de um grupo de adolescentes em Wisconsin, EUA. Entre calças boca-de-sino, pôster das Panteras e uma trilha sonora cheia de rocks psicodélicos estilo The Who, Led Zeppelin e Stones, Eric Foreman e seus amigos ficaram boa parte dos oito anos da série no porão da sua casa, fumando muuuita maconha. As discussões chapadas sempre renderam cenas engraçadíssimas! Nunca teremos certeza, mas apostamos que a erva que eles fumavam na série era boa: afinal chegaram a dividir a roda com o legendário Tommy Chong, que fez participações especiais como o velho-hippie-malucao Leo.

-Personagens mais estúpidos dos desenhos animados

2) Fabulous Furry Freak Brothers – Quadrinhos


Os alucinados Freak Brothers são os Irmãos Marx da contracultura. E olha que quem soltou essa ideia foi ninguém menos que o gênio dos quadrinhos Alan Moore. Gerados no final dos anos 60, inspirados por filmes de humor preto e branco e pelo movimento hippie, os Freak Brothers foram um sucesso enfumaçado das HQs undergound americanas. Fat Freddy era o gordo laricado, Phineas uma versão freakie do Rolo de Maurício de Souza e Freewhelin ' Franklin o radical de esquerda que comandava o trio. A grande missão dos três era arrumar bagulho, escapar da polícia e, nas horas vagas, revolucionar o mundo.


1)Cheech & Chong – Cinema


Até o D2, mais notório maconheiro do Brasil já fez uma referencia a dupla que ficou em primeiro lugar no nosso ranking. Afinal, ele canta que “continua queimando tudo como Cheech e Chong”. Juntos, a dupla de atores Richard "Cheech" Marin e Tommy Chong fizeram dez filmes e devem ter fumado uma tonelada de maconha. Os longas viraram clássicos e os caras lançaram até dez álbuns com piadas e músicas. O primeiro dos filmes, "Queimando Tudo", é de 1978 e foi dirigido por Lou Adler. Parte da programação da madrugada do SBT por muito tempo, mostra a dupla se conhecendo: Cheech é Pedro de Pacas um cantor latino e Chong Anthony “Man” um cara de classe média, que largou tudo pra tocar bateria. Juntos, eles curtem “ficar com olhos de chineses” fugindo da polícia num carro “embaçado”. Depois de 20 anos separados, eles lançaram em 2010 o documentário "Hey Watch This", baseado na turnê Light Up America, show de stand up que eles estão apresentando pelos Estados Unidos. No caso de Cheech e Chong, a ficção se misturou com a vida real: os caras defendem a legalização da maconha, mas Chong deixa claro que largou a cannabis: “Fumei por 50 anos, mas parei quando fui preso [em 2003, por vender a droga pela Internet]. Na cadeia, me ofereciam maconha todos os dias, mas não fazia muito sentido desobedecer às leis atrás das grades. Virei quase um monge.” No caso de Cheech e Chong, parece que eles já queimaram tudo que tinham pra queimar.

-Mais listas legais!

27.6.10

Blaze Starr - Musas Pin Ups

-Confira toda nossa deliciosa galeria de pin ups

Blaze Starr(1932) saiu de uma cidadezinha rural da Virginia - quando ainda se chamava Fannie Belle Fleming - para se tornar um dos principais nomes da história das dançarinas burlescas e pin ups. Voluptuosa, ruiva, e criativa, ela  foi pioneira na dança com leques e no uso de objetos cênicos no palco - influências que podem ser vistas no trabalho da atual diva  burlesca, Dita Von Teese. Sua marca registrada nos shows era o momento em que deitava sensualmente num sofá, que começava a soltar fumaça.(Cena vista no vídeo abaixo)
 
Starr teve um caso com o governador Earl Long - escândalo que foi um dos motivos que levariam o político a passar os últimos anos de sua vida num hospício. A história virou o filme "Blaze"(1989) com Paul Newman.  Starr também foi fotografada pela artista Diane Arbus no trabalho "Blaze Starr at home".


-Betty Grable e a foto que imortalizou as pin ups.
-Rita Cadillac: uma pin up brasileira?

25.6.10

Lamento Sertanejo

Às vezes, eu, nascido em Penápolis - noroeste paulista, cerca de 60.000 habitantes - sinto saudade do interior, sinto falta do mato. E me acho um caipira. Mesmo que, quando morasse lá, eu pensasse ser o mais urbano e descolado no meio daquele bando de capiau. Do contra era eu, torrando num sol de rachar com camiseta preta, achando a música sertaneja um vômito e as pessoas simples demais.

Mas às vezes, a simplicidade faz falta pra caramba. E o barulho da cigarra de noite, e o solzão na tua cabeça a pino, e o sotaque forte das pessoas, e o tempo passando devagar, a rede mole  a girar, a mangueira alimentando um bairro inteiro, os cachorros rindo com o rabo, o pai almoçando em casa, a gente jogado na calçada jogando papo pro ar.

Eu esqueço da velocidade dos carros, do salário suado, das opções variadas, dos restaurantes e bares 24 horas. Eu esqueço dos museus, da universalidade cosmopolita, do progresso. E eu lembro da música que meus pais ouviam em casa: 





Composição: Dominguinhos / Gilberto Gil

Por ser de lá

Do sertão, lá do cerrado

Lá do interior do mato

Da caatinga do roçado.
Eu quase não saio

Eu quase não tenho amigos

Eu quase que não consigo

Ficar na cidade sem viver contrariado.

Por ser de lá

Na certa por isso mesmo

Não gosto de cama mole

Não sei comer sem torresmo.

Eu quase não falo

Eu quase não sei de nada

Sou como rês desgarrada

Nessa multidão boiada caminhando a esmo.

24.6.10

Camilla Di Giacomo - Sucatinha de Luxo

Descobri uma artista nova no meio da minha família e trouxe aqui pro nosso dia de arte.


Prima, explica quem é você e quais são suas influências?
Aí, hoje to sem inspiração pra escrever... Estes meus trabalho são feitos com estrutura de sucata e cobertos com papel machê.(Faço também painéis pintado em tecido) Acho que minha arte representa um universo lúdico e infantil, com uma preocupação de mediar uma crítica ao consumo e ao meio ambiente de forma irônica e carinhosa. Somos sucateiros por natureza, é preciso transformar reciclar, criar uma nova ideia.
Mais trabalhos da Camilla com o Sucatinha de Luxo no Flickr dela.

21.6.10

Spleen Maldito(ou parnaso deprimido)

À Baudelaire e Rimbaud


Ó, spleen maldito
Terrível mal-estar erudito
Sensação rústica que angustia
Me acorda à noite e escurece o dia

Ó, spleen maldito
Depressão cinza que evito
Tristeza vil que quebra a sintonia
Suja meus sonhos e minha poesia

Mas quando purgarem pústulas minhas
Internas feridas dores que tinha
Serei livre dessa gélida prisão

Esquentará colorido meu coração
Serei novamente pura criança
Que, ao invés de passos, faz contradança

Veja também:
-Poesias de Augusto dos Anjos
-"Uma  visão memorável", de William Blake

18.6.10

O Bispo - Documentário sobre Artur Bispo do Rosário

Sexta a TV Punk Brega sintoniza os melhores vídeos da net pra você

"O Bispo" é uma das "vídeo-cartas" produzida por Fernando Gabeira nos anos 80. Um belo e curto documentário sobre o "artista louco" que passou a maior parte de sua vida internado em uma Colônia Psiquiátrica.

Nossas artistas:
-Cecilia Di Giacomo
-Sabrina Barrios

17.6.10

Miranda July - Hallway

Treine seu sotaque francês e sua cara blasé, porque quinta aqui é dia de arte!


Miranda July foi cuspida na mesma fornada que cozinhou Bikini Kill, Sleater-Kinney e a cena punk dos anos 90, no Noroeste do Pacífico. Artista multimídia, performer undeground, diretora de cinema cult por causa de "Me and You and Everyone We Know", musa dos moderninhos... Ufa! Poucos artistas levaram o do it yourself tão a  ferro e fogo. E a menina americana de olhões azuis conseguiu com isso produzir seus próprios vídeos, sua própria arte e suas turnês de performances por clubes undeground. Separamos aqui  a instalação "The Hallway", de 2008, mas vale um pulo no site da moça para conhecer a imensidão de sua criatividade.

Acompanhe a instalação "The Hallway"
The Hallway from The Hallway on Vimeo.


Pra você ler: "Não devemos nada  a você", livro de Daniel Sinker que conta com entrevistas com Miranda e outros expoentes da cena punk/alternativa do começo do século XXI.

15.6.10

Umbabarauma 2010 - Mano Brown + Jorge Ben + galera da pesada



Dar destaque ou não para um vídeo produzido pela Nike para consolidar sua imagem entre os "mudernos e alternativos"? Sim,senhores, é a velha Nike, multinacional que explorava trabalho infantil em fábricas espalhadas pelo terceiro mundo. Mas desta vez ela resolveu usar seu dinheiro para uma "boa causa": trazer Mano Brown, ícone da música independente e do rap, para o mundo do groove brasileiro(particiam da gravação membros do Instituto, Nação Zumbi, Orquestra Imperial - além da cantora Céu) e para o lado de seu ídolo Jorge Ben. É um marco, o rapper até agora construira sua carreira isolado de músicos que não tivessem ligação com o hip hop. Ponto pra música, aliás, uma puta música, com um clipe muito bem editado, sem nada que se acrescentar sonoramente.

Fica só essa pulga atrás da orelha: é a Nike que tá usando o Mano Brown ou o Mano Brown que está usando a Nike? Se estou sendo muio chato com tanta reflexão, pode deixar o comentário aí embaixo.

Show do Milhouse + Bloco do Teodoro - Garage Estúdio Bar

O texto abaixo é da Ana Alice porque não pega bem eu falar da minha própria banda :-P


Quem viu, viu. Quem não viu, verá! Milhouse retorna ao Garage Estúdio Bar, reduto bacanudo nos arredores do glamuroso bairro da Pompéia, lá mesmo onde o Pink Floyd gravou um álbum ao vivo.

Anotem em suas cadernetas: 19 de junho, um sábado aprazível, tem o show do ano, em ritmo de Copa, ao lado dos malucos do Bloco do Teodoro. Começa às 18h e custa só R$6

Onde: Garage Estúdio Bar - R. Cel Melo de Oliveira, Pompeia
Quando: Sábado, 19/06, às 18h
Quanto: R$6

13.6.10

Pitty - Musas Rock 'n' Roll

-Todas nossas musas rock 'n' roll



Porra, Frico! A Pitty no teu blog?
Meu, olhe essas fotos!

Porra, Frico! A Pitty no teu blog?
Meu, ela refez fotos da diva Bettie Page, homenageou pin ups clássicas e também a Dita Von Teese!

Porra, Frico! A Pitty no teu blog?
Meu, goste ou não da nega, ela é a mulher mais rock 'n' roll do mainstream brasileiro desde a Rita Lee. Ou você vai considerar Paula Toller, Fernanda Abreu e Ney Matogrosso?

Porra, Frico! A Pitty no teu blog?
Meu, ela meteu guitarras heavy metal na orelha do brock, resgatou o baixista do Dead Billies e não ganhou as paradas com rebolation




Porra, Frico! A Pitty no teu blog?
Meu, quem mais se encaixa aqui no Brasil varonil, no papel de musa do rock? Ela tem a franja certa, as tatuagens certas, as botas certas...

Porra, Frico! A Pitty no teu blog? Que brega...
É, ela é uma musa Punk Brega. Ponto.

Mina indie precisa de mais curva
Veja também:
-Courtney Love faz cara de mal pra posar nua
-Debbie Harry, a mulher mais bonita do rock 'n' roll
-Poiso Ivy o charme debochado do psychobilly

11.6.10

Cabeça de Nêgo - Sabotage

Sexta-feira é dia do santo descer com os vídeos de estimação do Punk Brega
Acho que essa é uma das músicas mais bonitas de rap nacional que já ouvi. A mistura de MPB, ponto de macumba e hip hop cantada por Sabotage e o Instituto é genial. É foda, sempre que escuto esse som fico triste por imaginar quanta coisa legal o Sabota poderia ter feito, se não tivesse sido assasinado. E fico pensando: quantos Sabotagens a gente não perde sem nem terem chegado a gravar um disco, por terem feito a escolha errada? Ou pela falta de escolha...

Veja também:
-Tiros, tretas e vagabundagem
-Mais música

10.6.10

Rock Band - Sabrina Barrios

Toda quinta você encontra aqui o trabalho de um bom jovem artista

Por onde anda Sabrina Barrios? Colaboradora do nosso projetinho Clube de Ideias, ilustradora e designer, que deixou seu talento espalhado por esses bytes e posts. Anda, descalça, pelo mundo e Nova York. E a gente aqui resgata um de seus bons trabalhos. Tem mais no site oficial da ilustradora gaúcha.

9.6.10

Melhores bateristas do mundo - Lista da Rolling Stone

A Rolling Stone americana - talvez a mais influente revista de música da história - publicou essa lista com os melhores bateristas(sim de rock 'n' roll, como sempre) da história. Acho que é o único desses rankings grandes de "melhores" do rock que tem um brasileiro - o ex-Sepultura Igor Cavalera.

Tamanho é documento pra Neil Peart do Rush
-100 melhores guitarristas, segundo a Rolling Stone
-100 melhores baixistas
  • 1. Neil Peart (Rush)
  • 2. John Bonham (Led Zeppelin)
  • 3. Ginger Baker (Cream)
  • 4. Keith Moon (The Who)
  • 5. Terry Bozzio (Frank Zappa, Jeff Beck)
  • 6. Bill Bruford (Yes)
  • 7. Danny Carey (Tool)
  • 8. Mike Portnoy (Dream Theatre)
  • 9. Ian Paice (Deep Purple)
  • 10. Carl Palmer (Emerson, Lake, & Palmer)
  • 11. Stewart Copeland (The Police)
  • 12. Dave Lombardo (Slayer)
  • 13. Steve Gadd (Steely Dan)
  • 14. Vinnie Colaiuta (Frank Zappa, Sting)
  • 15. Carter Beauford (Dave Matthews Band)
  • 16. Tim Alexander (Primus)
  • 17. Simon Phillips (Toto, Jeff Beck)
  • 18. Rod Morgenstein (Dixie Dregs, Winger)
  • 19. Matt Cameron (Soundgarden)
  • 20. Dennis Chambers (Santana)
  • 21. Chad Wackerman (Frank Zappa)
  • 22. Phil Collins (Genesis)
  • 23. Mitch Mitchell (Jimi Hendrix Experience)
  • 24. Virgil Donati (Planet X)
  • 25. Max Weinberg (E Street Band)
  • 26. Vinnie Paul (Pantera)
  • 27. Ansley Dunbar (Jeff Beck, Whitesnake)
  • 28. Mike Shrieve (Santana)
  • 29. David Garibaldi (Tower of Power)
  • 30. Steve Smith (Journey)
  • 31. Josh Freese (A Perfect Circle)
  • 32. Alex Van Halen (Van Halen)
  • 33. Billy Cobham (Mahavishnu Orchestra)
  • 34. Bill Ward (Black Sabbath)
  • 35. Alan White (Yes)
  • 36. Carmine Appice (Beck, Bogert & Appice, Vanilla Fudge)
  • 37. Stanton Moore (Galactic)
  • 38. Nicko McBrain (Iron Maiden)
  • 39. Scott Rockenfield (Queensryche)
  • 40. Hal Blaine (Elvis Presley, Beach Boys)
  • 41. Joey Jordison (Slipknot)
  • 42. Marco Minnemann (Weirdoz)
  • 43. Cozy Powell (Rainbow)
  • 44. Tommy Aldridge (Whitesnake)
  • 45. Chester Thompson (Santana)
  • 46. Morgan Agren (Frank Zappa)
  • 47. Jeff Porcaro (Toto)
  • 48. Dean Castronovo (Journey)
  • 49. Mike Giles (King Crimson)
  • 50. Jeff Campitelli (Joe Satriani)
  • 51. Nick Mason (Pink Floyd)
  • 52. Greg Bissonette (Joe Satriani, David Lee Roth)
  • 53. Ralph Humphrey (Mothers of Invention)
  • 54. Mike Bordin (Faith No More)
  • 55. Ringo Starr (The Beatles)
  • 56. Zak Starkey (The Who)
  • 57. Jon Theodore (The Mars Volta)
  • 58. Phil Ehart (Kansas)
  • 59. Clive Bunker (Jethro Tull)
  • 60. Jimmy Chamberlain (Smashing Pumpkins)
  • 61. Charlie Watts (The Rolling Stones)
  • 62. Lars Ulrich (Metallica)
  • 63. Brian Mantia (Primus)
  • 64. Mike Sus (Possessed)
  • 65. Jason Rullo (Symphony X)
  • 66. Dave Grohl (Nirvana, Scream)
  • 67. Pat Mastelotto (King Crimson)
  • 68. Mick Fleetwood (Fleetwood Mac)
  • 69. Raymond Herrera (Fear Factory)
  • 70. Brann Dailor (Mastodon)
  • 71. Matt McDonough (Mudvayne)
  • 72. Scott Travis (Judas Priest)
  • 73. Jack Irons (Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam)
  • 74. Roger Taylor (Queen)
  • 75. Jose Pasillas (Incubus)
  • 76. Earl Palmer (session man)
  • 77. BJ Wilson (Procol Harum)
  • 78. Joey Kramer (Aerosmith)
  • 79. Gene Holgan (Death)
  • 80. Danny Seraphine (Chicago)
  • 81. Igor Cavalera (Sepultura)
  • 82. Brian Downey (Thin Lizzy)
  • 83. Travis Barker (Blink 182)
  • 84. Taylor Hawkins (Foo Fighters)
  • 85. Nicholas Barker (Dimmu Borgir)
  • 86. Paul Bostaph (Slayer)
  • 87. Chad Smith (Red Hot Chili Peppers)
  • 88. Brad Wilk (Rage Against The Machine)
  • 89. Alan Gratzer (REO Speedwagon)
  • 90. Matt Sorum (Guns N' Roses, Velvet Revolver)
  • 91. John Dolmayan (System of a Down)
  • 92. Chad Sexton (311)
  • 93. Mark Zonder (Fate's Warning)
  • 94. Gary Husband (Level 42)
  • 95. John Densmore (The Doors)
  • 96. Jon Fishman (Phish)
  • 97. Al Jackson (MG's)
  • 98. Jim Gordon (Derek and the Dominos)
  • 99. Dave Abbruzzese (Pearl Jam)
  • 100. Sean Kinney (Alice in Chains)

7.6.10

5 discos injustiçados do rap nacional

-Mais listas
Existem algumas unanimidades do hip hop nacional: mídia e fãs adoram Racionais Mc's, todos respeitam a história doThaíde, Sabotage virou herói, etc. Nada contra, os três são excelentes artistas brasileiros, mas sempre senti um pouco de preconceito com as grupos que incorporaram elementos de rock ao seu som, ou contra MC's que não tenham vindo diretamente das comunidades pobres. Por isso fiz a lista abaixo. Talvez, daqui uns anos, ela seja bem indexada no Google e gere polêmica. Muita gente pode reclamar: "Pô, o que esse cara entende de rap, deve ser mó playboy, etc." A intenção aqui não é cagar regra, mas provocar reflexão e tentar resgatar discos bons que não seguem a cartilha do hip hop nacional clássico. Quem não tiver preconceito vai se surpreender.

Faces do Subúrbio - Faces do Subúrbio


















Lançado originalmente de forma independente, o disco de estreia dos recifenses do Faces do Subúrbio misturava não só o rock com rap, mas também embolada(ritmo tradicional brasileiro que lembra o hip hop), acrescentando pandeiros à pick up e guitarras. A banda teve bastante destaque na onda do Mangue Beat, mas nunca chegou a ser popular em São Paulo. É um bom disco pra quem se interessa pela fusão de hip hop com ritmos nacionais.
Ouça: "Homens Fardados", "Os Tais" e "P.P.O.R"

Eu tiro é onda - Marcelo D2


















Seguindo na mistura de ritmos nativos com as batidas do rap, encontramos "Eu tiro é Onda", primeiro álbum solo de D2 e pioneiro na mistura de hip hop com samba e bossa nova. "Pô, cara, mas D2 injustiçado?", você pergunta. Obviamente o MC carioca fez muito suesso com seu segundo álbum("A procura da batida perfeita"), mas muita gente do hip hop mais tradicional ainda torce o nariz pro D2, tanto por seu som ser mais pop, quanto por ele ter um passado roqueiro/mainstream.
Ouça: "1967", "Samba de Primeira", "Eu tive um sonho"

3)Cadeia Nacional - Pavilhão 9


















Antes do fenômeno "Sobrevivendo no Inferno", o Pavilhão 9 foi o grupo de rap mais comentado de São Paulo. Venderam 10.000 discos rapidamente, foram capa da Veja SP e contaram com a participação de Marcelo D2, Nação Zumbi e Sepultura em seu terceiro disco. O grupo se apresentava mascarado e se servia de fartas doses de rock pesado para compor seu som. O problema é que a aproximação com o rock os afastou dos puristas do hip hop, mas não os habilitou para o sucesso no mundo rock 'n' roll. Perdidos entre duas tribos, o grupo deixou essa pancada clássica para quem não se importa com rótulos.
Ouça: "Mandando Bronca", "Opalão Preto" e "Otários Fardados".

4)Gabriel, o Pensador - Gabriel, o Pensador




















A importância do primeiro disco de Gabriel, o Pensador pro rap brasileiro é análoga ao surgimento dos Beastie Boys nos EUA: "Rapper branco de classe média, em um momento em que o hip hop era visto com preconceito pela sociedade, consegue destaque com o som negro e abre caminho para as grandes bandas do gênero". É bobagem ficar menosprezando o trabalho do Pensador por sua classe social ou sua cor. Crítica, com rimas espertas e bases cruas, essa é uma das estreias mais impactantes da música brasileira e merecia ser respeitada como uma das boas bolachas do rap brasuca.
Ouça: "Lôraburra", "Retrato de um Playboy", "Tô Feliz(Matei o presidente)"

5)Câmbio Negro - Câmbio Negro



















Saída das quebradas de Ceilândia, a banda liderada pela voz grave de X teve uma trajetória parecida com o Pavilhão 9. Começaram fazendo hip hop tradicional com DJ e depois acrescentaram guitarra, baixo, bateria e influências de rock pesado. Além dos grooves de "Esse é meu país" e "Círculo Vicioso", o disco conta com a sinistra "Um tipo acima de qualquer suspeita" sobre um tarado que ataca mulheres de todas as cidades até acabar na cadeia "chupando de todo mundo, chamando de meu bem". Um dos melhores e mais criativos álbuns de rap nacional
Ouça: "Esse é meu país", "Círculo Vicioso" e "Um tipo acima de qualquer suspeita".

Veja também:

Não gostou? Xinga aí embaixo!

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