16.3.08

Num estranho lugar, mora meu eu

Numa prisão de carne e osso
Um anatômico poço
Um saco de átomos e pêlos
Difícil descreve-lo
Não há espaço pras minhas asas compridas
Ficam todas minhas extremidades retorcidas
As pessoas que vêem, acham comuns meus grilhões
Estão eles também dentro de sufocantes prisões
Quando ando na rua a claustrofobia me toma
Penso em cair, libertar minha forma
Quando passa o pânico sou outra pessoa
No espelho a carapaça parece ser coisa boa
Sem ar eu acordo, quando consigo dormir
E pergunto porque as asas tem que existir
Preferia ser outro, feliz na prisão
E não ter os vermes chafurdando o coração

Um dia, se ninguém meu salvar,
Tomarei coragem de me libertar...

Um comentário:

Bárbara dos Anjos Lima disse...

pega na minha mão e vamos juntos voar?

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