24.1.08

Monty Python em busca do Cálice Sagrado, Terry Gilliam e Terry Jones *****



Fui criado com meus pais falando como adoravam os filmes “A Vida de Braian” e “Em Busca do Cálice Sagrado” do Monty Python. Na faculdade alguns amigos alugaram o primeiro filme do Python com os melhores momentos da série de TV. Agora, na Editora Abril, a adoração ao grupo é unânime do mais bobo ao mais cool, todos adoram os humoristas britânicos que alcançaram sucesso mundial nos anos 70. Então, imagine minha decepção ao assistir pela primeira vez um filme da trupe(Monty Python e o Sentido da Vida de 1983) e achá-lo apenas “ok”. Eu devia ser muito burro mesmo. Justo eu, que sempre gostara de ver e fazer humor... Bom, meu amigo Marquito me emprestou há um mês ou mais o segundo filme dos caras “Monty Python em busca do Cálice Sagrado”, de 1975, o primeiro feito exclusivamente para o cinema. Depois de muita enrolação coloquei o dvd pra rodar e esperei conseguir descobrir a genialidade escondida ali. Não precisei fazer esforço. “Em Busca do Cálice Sagrado” é recheado de piadas boas(desde os créditos iniciais), sacadas na forma de narrar a história, nonsense, pastelão, pequenas críticas as instituições e um ritmo fluente que no final te faz ficar com aquela sensação (clichê) de “já acabou”?

Escrito pelos 6 Python (Terry Gilliam, Terry Jones, John Cleese, Eric Idle, Graham Chapman e Michael Palin) e dirigido pelos dois Terry(Sendo que o Gilliam começou como cartunista da revista Mad e hoje é diretor respeitado de filmes como “Brazil” e os “12 Macacos”), o filme conta a história do valente Rei Arthur(que está sempre à pé simulando cavalgar um cavalo, com seu escudeiro atrás batendo dois cocos para fazer o barulho do animal) que reúne os cavaleiros da Távola Redonda( Sir Bevedere, Sir Lancelot, Sir Robin e Sir Galahad) e sai em busca do Santo Graal, missão que recebeu do próprio Deus. A partir daí segue-se uma saraivada de piadas que detona a Idade Média, os contos de cavalaria e lembra bastante o filme italiano “O Incrível Exército de Brancaleone”, de 1965(que por sua vez lembra bastante o livro Dom Quixote). Assim como no filme de Brancaleone, algumas animações com referências da arte da Idade Média, são usadas para dividir os “capítulos” da saga do Rei Arthur. No entanto, todas essas ilustrações são acompanhadas de piadas que as esculacham. O filme é cheio de metalinguagem, com os personagens constantemente conversando com o espectador, fazendo referências à cenas específicas(“Olhem lá é o velho da cena 24”) e à produção do filme(“De repente o cartunista tem um infarte”). Sem falar dos inimigos que os heróis tem pela frente como os clássicos “Cavaleiros que dizem Ni” e o “Coelho Assassino”.

Uma mistura de linguagens e estilos humorísticos que influenciou grande parte dos filmes dos anos 80, que usaram a fórmula de avalanche de piadas e massificaram em coisas mais comerciais como “Corra que a polícia vem ai”.
Abaixo você assiste o trailer do filme:



-Mais trailers legais

4 comentários:

Anonymous disse...

é mesmo? puts vou pedir emprestado pro marquito então... tentei ver "o sentido da vida" e achei tão chato que desisti... mas não falo muito sobre isso pq tenho vergonha de ser a única pessoa que não gosta de monty python... vou tentar mais uma vez então :P
beijos!

Thais disse...

O sentido da vida é o mais chato. O negócio é esse aí mesmo, o melhor. A Vida de Brian também vale a pena. E tem um monte de curtinhas deles no Youtube. Procure por "Ministry of Silly Walks". Fantástico ;)

Val disse...

Good for people to know.

Frico disse...

Valeu, galera!

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