26.7.09

Leve ser me leve - Frico Di Giacomo

-Tem um Drummond no meio do caminho
Já andei muito de luto e preto
Das dores fiz um soneto

Da morte já fui conhecido e parceiro
Achei que ia morrer só e solteiro

A culpa deixava minhas costas pesadas
Fantasmas apareciam com caras assustadas

Eu sempre precisava ser o melhor
O caminho da dor eu sabia de cor

Agora não quero carregar cruz
Eliminar da ferida o pus

Poder caminhar sem dever nada ao mundo.
Acabar com a angústia lá no fundo

Ter a alegria das coisas simples da vida
Deixar que a destruição seja minha sina

Ser leve
Ser leve
Ser leve Ser
leve Ser leve
Ser leve Ser leve Ser leve

Ser leve como a neve
-Leia outras poesias
Frico despistou a síndrome do pânico e o stress acreditando no poder terapêutico da cerveja gelada, mantra de sua namorada

4 comentários:

Bárbara dos Anjos Lima disse...

Cerveja gelada salva! ;)

Luci disse...

Você deixou um comentário em um texto da Frida Kahlo que pelo visto deve ter interpretado errado, aí me dei o trabalho de vir falar sobre: é obvio que a gente nunca aprende tudo na vida e procurar coisas escondidas é uma questão de postura, eu sei disso e tenho certeza que a Frida pensava o mesmo. Existe um contexto por trás, o 'tudo' que foi aprendido é apenas uma coisa, não tudo que existe no mundo para se aprender. E existem momentos que de tanto ver e viver situações, dá a sensação de saber demais, de não ter mais absolutamente por trás para se conhecer, como se não houvesse mais inocencia para acreditar que existe algo além do que já foi visto - e assim ela diz ter virado mulher e que não há nada escondido. E tudo isso rapidamente, mais rapidamente do que todos ao redor, o que intensifica a sensação.

Não tem nada a ver com achar que já aprendeu tudo sobre tudo. Só!

Bukeouac disse...

Gostei muito do Poema, parabéns MAluco.

Frico disse...

Obrigado, Céu e Solidão! Apareça sempre!

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