Resenha escrita pro Zine Kaos, em algum dia do começo do século:
Jovens, violência, gangues, drogas, sexo, som e fúria! Uma nova banda de rock? Alguma canção punk? Quase, se no lugar de imagens o que explodisse na tela fossem acordes. Não é necessário ter uma ocasião especial para escrever sobre o filme “Laranja Mecânica” (1971) clássico de Stanley Kubrick, que registra em uma visão futurista (quase ciberpunk) a ebulição das ruas de Londres, marcadas pelo desemprego e infestadas de gangues, fatores que viriam a colaborar com o surgimento do movimento punk em 1977. Em mais uma de suas obras-primas, Kubrick discute a violência e o controle exercido pela sociedade. A história todo mundo já sabe: Um jovem marginal, Alex (vivido por Malcom Macdowel), passa a vida cometendo crimes e estupros com sua gangue ao som de Beethoven até que é preso e acaba passando por um processo de “lavagem cerebral” e condicionamento que o levam a se tornar uma pessoa dócil e indefesa. Seria a solução para o crime transformar os delinqüentes em zumbis. No entanto, Alex, agora, se torna uma presa fácil nas mãos de suas vítimas que buscam vingança. No final da película seu olhar insano, como uma piscada sacana pro espectador, revela que o mal ainda vive em seu corpo, soluções fascistas de controle sobre a população não adiantariam no combate a violência. O buraco é mais embaixo, o sujeito precisa ter o poder de discernir entre o bem e o mal para estar “curado”, sem escolha ele é apenas um andróide sem emoções, perde a característica que nos separa dos animais. Vale a pena dizer que a influência de “Laranja Mecânica” é extremamente presente no rock, há inclusive uma banda(The Adicts) que se inspira no filme para compor seu som e visual. Um clássico do cinema em velocidade rock n’ roll, importante de ser assistido em uma sociedade cada vez mais abalada pela violência como a nossa.
Jovens, violência, gangues, drogas, sexo, som e fúria! Uma nova banda de rock? Alguma canção punk? Quase, se no lugar de imagens o que explodisse na tela fossem acordes. Não é necessário ter uma ocasião especial para escrever sobre o filme “Laranja Mecânica” (1971) clássico de Stanley Kubrick, que registra em uma visão futurista (quase ciberpunk) a ebulição das ruas de Londres, marcadas pelo desemprego e infestadas de gangues, fatores que viriam a colaborar com o surgimento do movimento punk em 1977. Em mais uma de suas obras-primas, Kubrick discute a violência e o controle exercido pela sociedade. A história todo mundo já sabe: Um jovem marginal, Alex (vivido por Malcom Macdowel), passa a vida cometendo crimes e estupros com sua gangue ao som de Beethoven até que é preso e acaba passando por um processo de “lavagem cerebral” e condicionamento que o levam a se tornar uma pessoa dócil e indefesa. Seria a solução para o crime transformar os delinqüentes em zumbis. No entanto, Alex, agora, se torna uma presa fácil nas mãos de suas vítimas que buscam vingança. No final da película seu olhar insano, como uma piscada sacana pro espectador, revela que o mal ainda vive em seu corpo, soluções fascistas de controle sobre a população não adiantariam no combate a violência. O buraco é mais embaixo, o sujeito precisa ter o poder de discernir entre o bem e o mal para estar “curado”, sem escolha ele é apenas um andróide sem emoções, perde a característica que nos separa dos animais. Vale a pena dizer que a influência de “Laranja Mecânica” é extremamente presente no rock, há inclusive uma banda(The Adicts) que se inspira no filme para compor seu som e visual. Um clássico do cinema em velocidade rock n’ roll, importante de ser assistido em uma sociedade cada vez mais abalada pela violência como a nossa.
-Conhece "The Warriors", outro clássico sobre gangues?
Assista o trailer do filme aqui:
-Mais trailers legais
2 comentários:
#Acho um filme bem lekal!#
precisamos de mais filmes inovadores assim, nao acha?
Eu tenho o livro, o filme é foda tb! O detalhe é q nós vivemos num mundo totalmente laranja mecânica.
Postar um comentário