Na fila do supermercado duas senhoras olham uma capa da revista Superinteressante sobre legalizar ou não as drogas e comentam: "Esses jovens fazem passeata pela paz de dia e de noite ficam cheirando cocaína.". No busão outra tiazinha conversa aos berros com o motorista: "Cansei dos políticos, não acredito em nenhum. PSDB, PT é tudo a mesma coisa, eu não voto em mais ninguém!".
Depois que o PT chegou ao poder, não fez grandes mudanças, e a corrupção continuou, tenho ouvido cada vez mais pessoas dizendo nas filas, ônibus e supermercados que não acreditam em político algum. E pior que isso, é cada vez mais frequente o discurso conservador de "que saudades da ditadura", "Capitão Nascimento pra presidente", "tem que matar esses drogados". A Veja deu uma capa com "o que pensam os militares". Não é questão de opção política: seja de direita ou de esquerda eu dispenso qualquer tipo de ditadura, dispenso qualquer opção de ter alguém decidindo o que devo fazerm,ler ou pensar. Nem Stalin e nem Pinochet. Quando era pequeno achava que em Cuba a coisa tinha funcionado, mas todo cubano com quem converso, mesmo os que acham que a Revolução funcionou, preferiam ser livres.
Os políticos podem(e são) ser um banda de fdp, mas eu ainda prefiro o poder de escolhê-los. E tirá-los do poder, se for o caso.
17.12.07
Eu tenho medo de "que saudades da ditadura"
Cuspido por Di Giacomo às 00:54
Marcadores: que saudades da ditadura
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3 comentários:
é por isso que eu estou preparando a campanha "adote um político". em breve dou mais detalhes.
definitivamente.
- ditadura, tsc. Prefiro queima na fogueira e condenação eterna ao inferno.
- adote um político é sensacional.
Político para ser político, antes poderia passar por um estágio de vida miserável, para daí obter sua licença politicamente correta.
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