Li “Romeu e Julieta” quando tinha uns 12 ou 13 anos e não me lembro muito das impressões. Fiquei um bom tempo longe do Shakespeare e hoje, dez anos depois, fui ler Macbeth pra variar um pouco minhas leituras que estavam quase 100% “beat + gonzo + literatura marginal”. Achei bom, mas não genial, fiquei com uma pontinha de “mas Shakespeare é só isso” na cabeça... E aí, fui ler “Hamlet”. E não precisei de mais nenhum argumento a favor do careca inglês. Estão lá todas as frases que viraram clichê: “Ser ou não ser”, “Há algo de podre no reino da Dinamarca”, “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode supor sua vã filosofia”. Está lá todo uma estrutura da busca de vingança que se torna tragédia que foi repetida centenas de vezes depois. Hamlet é o príncipe inconformado que não aceita que sua mãe tenha se casado com irmão de seu pai logo depois do patriarca ter morrido, supostamente picado por uma cobra. Quem irá alertar Hamlet sobre a falsidade da história é o próprio espectro de seu pai em busca de justiça. Na busca por vingança, Hamlet acabará destruindo a família de sua amada Ofélia, provocando uma busca pela “vingança da vingança”, 500 anos antes do filme coreano Old Boy e seu intrincado roteiro de vendeta.
-Assista um trecho do filme Hamlet!
2.10.07
Micro-resenha1: Hamlet, Príncipe da Dinamarca, William Shakespeare *****
Cuspido por Di Giacomo às 01:17
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