30.9.09

O Clube do Livro, David Gilmour - Micro-resenha ** */*




Numa época em que micro-resenhas rendem processos, precisamos ter cuidado. Então vamos começar pela parte boa. "Clube do Filme", livro de David Gilmour(que não toca no Pink Floyd), parte de uma boa ideia. Um pai está na pior. Seu filho adolescente está indo muito mal no colégio, seu emprego de jornalista num televisão implodiu e as coisas prometem piorar. Eis que surge a sacada de "bom, vou deixar meu filho abandonar a escola, contanto que ele assista uns três filmes por semana comigo. Essa será sua única educação". A partir daí poderíamos ter uma série de análises legais sobre filmes clássicos como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" e "Ran", mas o que se vê é uma história água com açúcar, boa pra você ler na praia quando não quer ficar carregando o peso de um Dostoiéviski. É entretenimento pop. Mas não chega aos pés de Nick Hornby.

-Mais livros

29.9.09

Há 3 anos não andava de avião. Medo.
Há algum tempo meio desanimado. Por que jornalismo?
Bandas pareciam uma brincadeira. Ultrapassada.
A possibilidade de um aumento. Promessa quebrada.

Mas tem coisas que acontecem em sincronia.

Saiu do aeroporto sentindo-se mais vivo. Mais leve. uma fagulha no olho que há algum tempo fazia falta.

Dormirá feliz.

21.9.09

Frases - "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa

-Grandes frases de grandes homens



“Viver é negócio muito perigoso”

“O diabo na rua no meio do redemunho...”

“Eu quase que nada não sei, mas desconfio de muita coisa”.

“Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! –só estava era entretido na ideia dos lugares de saída e de chegada.”

“Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho...”

“Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesa coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente(...)”

“Sertão é dentro da gente”.

“Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”

-COnheça a "Odisséia", de Homero

“Acho que Deus não quer consertar nada, a não ser pelo completo contrato: Deus é uma plantação. A gente – e as areias.”

“O horror que me deu – o senhor me entende? Eu tinha medo de homem humano.”

“Esquecer, para mim, é quase igual a perder dinheiro”.

“Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas”.

“O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia”

-Frases do Bukowski
-Conheça o livro "Memórias Inventadas", de Manoel de Barros

20.9.09

Deixe a terra em paz - Cólera

-Já leu poesia punk?



Videoclipe do Cólera, a música está com o nome errado no Youtube, mas as colagens em estilo fanzine são legais. É legal ver que 30 anos se passaram e o Redson continua preocupado em salvar o planeta. :-)

-Resenha do disco "Pela Paz em Todo Mundo", do Cólera

-Mais posts sobre punk rock

18.9.09

Quer descobrir o que a Sookie é? - True Blood

Contém spoilers

Estava lendo o Papel Pop esses dias e me deparei com um post sobre True Blood cheio de spoilers que revelava muito do que vai rolar no terceiro ano da série. Eu, sinceramente, achei o último episódio da segunda temporada fraco. Aliás, desde que o Godric morreu e a igreja-que-odeia-vampiros saiu de cena, achei que o negócio perdeu o rumo. Mas parece que ano que vem a série volta cheia de respostas, até para um pergunta que ficou pulsando no final da segunda temporada: que porra de ser é a Sookie, que lê mentes e dispara raios de energia de vez em quando.

Quer saber? Veja o vídeo ai embaixo:



Não entendeu? Bom, depois não reclame que adiantamos tudo pra você. Ela é uma fada. Tipo a Sininho do Peter Pan, saca? E a pessoa que aparece no meio do mato, na cena acima, é a sua fada madrinha.

-De quem é a música da abertura de True Blood?

Vampiros, Lobisomens, Fadas, é isso está parecendo "Vampiro:A Máscara", bom, vamos ver o que acontece em Bon Temps em 2011...

-Tem um vampiro em São Paulo, vivendo no Largo da Batata. Saiba mais

17.9.09

Mortos de Lost - Newsgames

Um vírus está fazendo com que as pessoas vejam quem já passou pela Ilha de Lost e morreu. Para se proteger, você deve atirar nessas alucinações. Mas cuidado: não atire nos vivos.

-Mais Séries de TV

Mais um newsgame(jogo + jornalismo) criado pela equipe do site da Superinteressante. Ele é um bônus do Mapa da Ilha de Lost. Seu objetivo é acertar apenas quem já morreu na ilha de Lost. No final do jogo, uma tabela revela todos os personagens da série que já morreram.

Criação: Fabiane Zambon, Fred Di Giacomo e Kleyson Barbosa;
Edição de Arte: Fabiane Zambon;
Programação e layout: Douglas Kawazu;
Ilustrações: Leandro Spett;
Atriz: Marina Motomura;
Edição de Vídeo: Gustavo Frota


-Imprima suas passagens para a Ilha de Lost

14.9.09

Pela Paz em Todo Mundo, Cólera - 1986


Na capa amarelona com um mapa mundi estampado, a frase “Pela Paz em Todo Mundo” em seis idiomas. Esqueça o destroy pelo destroy dos Sex Pistols ou o amor adolescente dos Buzzcocks e das bandas emos da nova geração. Quando se fala em Cólera, fala-se naquele punk engajado e utópico no qual três acordes podem mudar o mundo e um disco pode ser uma pequena revolução. “Pela Paz em Todo Mundo” é um dos mais sérios candidatos a melhor disco do punk nacional. Tá, tudo bem, “Mais podres do que nunca” do Garotos Podres é um clássico, mas a qualidade da gravação é péssima, assim como de “Crucificados pelos Sistema” do Ratos. “Pela Paz” foi tão bem sucedido que vendeu cerca de 85 mil cópias, um recorde para um disco independente.

-Leia entrevista com o Dead Fish
-Veja documentário sobre hardcore dos anos 90

Em 1986, poucas bandas punk eram tão organizadas quanto o Cólera: eles já tinham gravado um disco(“Tente Mudar o Amanhã”, de 1984) e estavam prestes a ser a primeira banda da nossa cena a excursionar pela Europa(o que rolou em 1987). Formada em 1979, pelos irmãos Redson (Edson Lopes Pozzi, guitarra e vocais) e Pierre (Carlos Lopes Pozzi, bateria), o trio explosivo era completado por Val no baixo. Muito antes de todos holofotes apontarem para a questão ambiental aqueles garotos do subúrbio gritavam pela salvação da terra e do homem. A bolachinha vinha acompanhada da “Declaração Universal dos Direitos Humanos” e mais um manifesto surpreendentemente bem articulado chamado “Registro Arqueológico Sobre o Século XX”, que era como se alguém no futuro explicasse o mundo no qual aqueles moleques ralavam nos anos 80. Tínhamos acabado de sair da ditadura, a Guerra Fria ainda rolava solta, Rambo era um herói no cinema e Sarney se divertia brincando com a nossa inflação. Ninguém falava dos BRICS e “O Brasil é o país do futuro” era uma citação irônica numa música da Legião Urbana. Nesse cenário, parecia que o futuro era mesmo uma cena do apocalíptico “Blade Runner”. É ai que nossa audição começa.

Medo


“As vezes tenho medo/As vezes sinto minha mão/Presa pelo ar/E quando olho em volta/Encontro uma multidão/Presa pelo ar”. Síndrome do pânico? Ansiedade? Doenças do século XXI? Já estava lá, no primeiro clássico do disco, “Medo”(Que anos mais tarde seria regravada pelo Plebe Rude). A voz era um pouco desafinada, mas cheia de emoção. As letras não eram apenas críticas sociais ou clichês contra igreja, polícia e governo. Elas tinham um lirismo e alternavam momentos mais reflexivos como “Somos Vivos” e criativos como “Alternar”(na qual Redson reclama que precisa trabalhar, mas eles te obrigam a usar roupa social, gravata, sapato e cabelo “lau-lau”. Que jovem rebelde nunca ficou puto, por ter que ir pro trabalho todo engomadinho?). As críticas às instituições também estão lá nas pacifistas “Guerrear” e “Continência” ou na direta “Não Fome”.


Ao longo de “Pela Paz em Todo Mundo” você caminha pelas ruas esburacadas de São Paulo, pega o trem do subúrbio e presta o serviço militar, tudo ao som de uma bateria rápida, riffs grudentos de guitarra, um baixo ritmado e refrões empolgantes para serem cantados em coro. E o teor inflamável só aumenta nas duas últimas canções; primeiro “Adolescente”, que foge dos temas punks comuns e na sequência “Pela Paz”, talvez a melhor música do Cólera, um grito pacifista, cheio de fúria, que faz valer a frase destacada no encarte “Ser Pacifista é não fechar os olhos perante a violência”.


Pacifismo, ecologia, hinos da juventude e lirismo. Se Redson tivesse nascido em um país de primeiro mundo, talvez ele fosse um Bob Dylan. Fruto do nosso subúrbio operário ele só poderia cantar numa banda chamada Cólera. Ainda bem.

Pela Paz

-Assista o clipe de "Deixe a Terra em paz"
-Mais notícias sobre punk

11.9.09

Cuecas Rosas no Espaço Impróprio


A banda de punk brega que virou lenda em Bauru volta a tocar depois de 4 anos, desta vez ao lado dos amigos da Liga das Senhoras Católicas. Corra lá pra ver Axl Magal, Wando Ramone, Reginaldo Hendrix e Waldick Cavalera detonando seus clássicos: "Musa Filosófica", "Tecneira em Limeira", "Queria ser o cara(Como Che Guevara)" e outras pérolas.


Onde? Espaço Impróprio - R. Dona Antonia de Queiroz, 40 - Consolação
Que horas? 19h
Quanto morre?R$ 5 -
Quando? Sábado(12/09)

8.9.09

Abuelita

Acreditava que minha vózinha
Era um anjo
Gosto de pensar nisso
Porque gente que nem ela: boa
Que ama, cuida e doa
É ruim de ver na vida
Eu acho que voa

Uma homenagem de Frico à Vó Hermínia, retirado de "Menino Uterino e outros poemas da infância"

7.9.09

Lista de filmes do fim de semana gripado

Quem segue meu twitter - @freddigiacomo - sabe. To gripadaço. Começou na terça(1) à noite com uma dor de garganta chata e na quarta já era febrinha de 37 graus que não chegou a 38, mas tá difícil de ir embora. Já estou melhor. No pior do negócio não dava vontade nem de sentar no computador e escrever. Era só ficar na cama jogado, sentindo como se o corpo tivesse uns 100kg. E torcendo para não aparecerem as tais das dores no peito, febre de 39 graus e vômito.

Tá, mas chega de drama. Ficar gripado em tempos da suína pra um hipocondríaco como eu é um parto, mas vocês não têm nada a ver com isso. O que eu fiz de produtivo nesta semana na cama(e isso incluiu cancelar minha viagem pra Penápolis no feriado) foi ver o máximo de filmes, séries e livros que eu pudesse. Basicamente isso rolou no fim de semana, porque no resto do tempo eu era um zumbi fanho. Vamos lá.

-Filmes

1)Brüno (2009), de Larry Charles
Olha, eu endosso o time dos que acharam o filme sem graça. É um Borat piorado, com a mesma premissa(minoria estereotipada sai de um país considerado "exótico" onde ele era uma celebridade para ganhar a vida na América) só que com piadas piores e sem o mesmo impacto. Sacha Baron Cohen vai precisar se reinventar se quiser continuar relevante


2)Death Proof(2007), de Quentin Tarantino
O descaso foi tanto, que acho que esse filme nem foi lançado no Brasil. É o episódio dirigido pelo Tarantino no projeto "Grindhouse", que ele tocou em parceria com Robert Rodriguez("Sin City"). Inspirado em filmes de terror dos anos 70, e tratado como um Tarantino menor, ele é sexy, divertido, tem uma direção de arte maneira, e mulheres fodonas, bem melhores que do megahypado "Kill Bill"

3)Juno(2007), de Jason Reitman
"Comediendie" lançada no Brasil em 2008, narra as dificuldades de uma adolescente de 16 anos, Juno, que engravidou na primeira vez que transou com seu melhor amigo. Recheado de citações de cultura pop(punk, grunge, quadrinhos e filmes de terror) segue a linha que consagrou "Pequena Miss Sunshine".


4)Se beber, não case(2009), de Todd Phillips

Sucesso de bilheteria nos EUA, traz 4 amigos que vão para Las Vegas comemorar a despedida de solteiro de um deles. No dia seguinte, o noivo desapareceu e ninguém se lembra do que aconteceu. Os 3 sobreviventes vão ter que lembrar passo a passo o que fizeram para encontrar o noivo antes do casamento.


-Séries

Com a TV ligada na Warner, aproveitei pra finalmente assistir Two and Half Men - e dar o braço a torcer, apesar de ser uma comédia simples, é muito boa - descobrir As Novas Aventuras da Velha Christine e ver mais dois episódios de Friends.

-Livro

"Grande Sertão: Veredas" é uma epopéia de 624 páginas e linguagem ricamente trabalhada por Guimarães Rosa. Nos momentos que a febre deu uma trégua, aproveitei para adiantar umas 200 páginas da saga de Riobaldo e Diadorim. Ainda faltam mais de 100, quem sabe até o final do mês eu acabe...

3.9.09

Minhas canções favoritas

Lista orginalmente publicada no blog "Depredando o Orelhão".


01) "Samba do Arnesto" - Adoniran Barbosa
Acho que foi daí que surgiu meu gosto pelo humor na música. O Adoniran era sambista e comediante e, entre outros clássicos ("Trem das Onze", "Saudosa Maloca"), ele compôs "Samba do Arnesto" que eu e meus irmãos adorávamos quando éramos crianças. O Little Quail regravou numa versão rock 'n' roll suja anos depois.

2) "Maracatu Atômico" - Chico Science e Nação Zumbi
Tem um monte de música do Chico Science e Nação Zumbi que eu adoro. Resolvi escolher pelo valor sentimental mesmo. Essa foi a primeira música que grudou no meu ouvido em 1996, ano que a banda lançou o "Afrociberdelia", disco que mudou minha vida. Meu pai deu de aniversário pra minha mãe e eu não consegui parar de ouvir. Foi daí que começou minha obsessão com a música e nesse disco estavam os limites que ela deveria ter: nenhum limite. Um ano depois meu primeiro fanzine chamou-se Afrociberdelia.

3) "Roots" - Sepultura
Foi outro disco que fez minha cabeçea em 1996, quando eu tinha 12 anos e me jogou pro som pesado. Meu pai comprou porque tinha "músicas com índios". Eu e meu irmão viramos fãs e a patir daí começamos a ouvir "Black Sabbath", "Ratos de Porão" e outras bandas de rock pesado

4) "O Dotadão Deve Morrer" - Ratos de Porão
Essa foi a segunda mudança na minha vida. Eu já gostava de música e começara a tocar violão. Mas quand ouvi o "Feijoada Acidente?" do RDP em 1998 resolvi virar punk, espetar o cabelo e tocar baixo. Essa música, uma versão da original dos gaúchos do Cascavelletes, tinha um solo de baixo do Pica-Pau que me fez querer tocar o instrumento, uma letra engraçada e uma pegada nervosa. A partir dai as calças se rasgaram, os zines brotaram e as bandas se formaram.

5) "Mantenha o Respeito" - Planet Hemp
Das bandas de rock nacional dos anos 90 o que eu mais gostava eram os mangueboys, o escracho do "Funk Fuckers" e o "Planet Hemp". Especialmente o primeiro disco "Usuário" que era mais rock 'n' roll. "Mantenha o respeito" era uma música que todas bandas de gararem em Penápolis tentaram tocar em algum momento. E o "Planet Hemp" era a banda que unia a maloquerada fossem maconheiros, skatistas, roqueiros ou rappers

6) "Periferia é Periferia" - Racionais Mc's
Ouvi Racionais Mc's a primeira vez no rádio. "Homem na Estrada" ou "Fim de Semana no Parque". Ganhei o "Sobrevivendo no Inferno" logo que saiu e escutei muito o disco. A primeira audição foi cuidadosa, prestando atenção a cada verso como se fosse um filme. Só fui sentir o mesmo impacto quando assisti "Cidade de Deus" anos depois. Gostava de ficar imaginando "Periferia é Periferia" na minha cabeça quando andava pelas ruas esburacadas da minha rua suburbana em Penápolis.

7) "Aneurysm" - Nirvana
Um dos primeiros shows de rock que assisti foi de uma banda do colégio chamada Dr Ratazana. A banda de abertura tocou Aneursym do Nirvana. Parecia uma música simplesmente perfeita. A raiva, a bateria animal, o vocal gritado, a guitarra suja. Na minha adolescência Nirvana tinha a mesma importância que Beatles.

8) "Around The World" - Red Hot Chili Peppers
Eu já era punk e tocava baixo quando minha prima me deu o Californication do Red Hot Chilli Peppers em 1999. Nunca tinha prestado atenção direito nos pimentinhas, mas esse disco me fez querer tocar que nem o Flea. Seus slaps e linhas grooveadas, sem perder a agressividade, foram meus professores nas 4 cordas. Lembro de ficar assistindo um VHS da banda ao vivo pra aprender a fazer slap.

9) "Papai-Noel" - Garotos Podres
Foi o primeiro hit que minha primeira banda, "Andarilhos" tocou. Ouvi essa música milhares de vezes na versão do RDP e do Garotos. Toquei ela por uns 3 ou 4 anos. Tinha um rebeldia misturada com humor que parecia a combinação ideal. Quando a tocávamos, arremsávamos uma cabeça de papai noel de papel e algodão pra galera destroir.

10) "My Brain Is Hanging Upside Down (Bonzo Goes to Bitburg)" - Ramones
Escolher uma música do Ramones é difícil. Eles foram uma das minhas bandas favoritas por muito tempo. Lembro que em Penápolis tinha um cara que se auto-intitulava "André Ramone" e fazia um monte de perguntas para qualquer um que usasse uma camisa do Ramones ou do RDP. Era como se você tivese que se esforçar para pertencer àquele seleto e empolgante clube de moleques com camisetas pretas ouvindo punk rock, discutindo qual era a melhor formação do Ramones e tentando entender a história do filme B que eles estrelaram (Rock n' Roll High School) com áudio em inglês e legendas em japonês (!!!). Depois dos Ramones, qualquer um podia montar uma banda e ser roqueiro, mesmo se você fosse um caipira esquecido numa cidade minúscula chamada Penápolis.

11) "Concrete Jungle" - Bob Marley and The Wailers
Minha mãe ouvia bastante Bob Marley, mas eu só prestei atenção no reggae quando entrei na faculdade e meu tio me deu o vinil do "Catch a Fire". Aquela primeira música, "Concrete Jungle", tinha um sentimento que eu só havia encontrado nas músicas dos Racionais. Um grito de dor e sobrevivência, embalado por um riff grudento, baixo balançante e vocais suaves.

12) "Search and Destroy" - Iggy And The Stooges
Depois que entrei na faculdade deixei de só ouvir punk rock puro e comecei a escutar MPB e bandas de garagem. Entre as bandas de garagem a que eu fiquei fã foi o proto-punk dos Stooges. "Search and Destroy" é o exemplo de canção de rock perfeita, que eu queria ter escrito. Riff selvagem, vocal gritado e a sensação de liberdade que entra pelo seu ouvido junto com a distorção de guitarra.

13) "Lugar do Caralho" - Júpiter Maçã
O rock gaúcho foi uma das principais inspirações para o meu lado "punk brega". Sempre me liguei nas letras e as do Júpiter Maçã eram muito boas em "A sétima efervescência"(um dos melhores discos do nosso BROck) Alguns anos depois descobri outra banda de Júpiter, Cascavelletes, e o impacto foi semelhante.

14) "Guiné Bissau, Moçambique e Angola" - Tim Maia
Muita gente pirou no Tim Maia Racional durante a universidade e eu fui um deles. Fui descobrindo música por música, desde "O Caminho do Bem" presente na trilha sonora de Cidade de Deus, até baixar os dois discos inteiros. A sonoridade presente nessas duas bolachas é simplesmente genial. E a percurssão e linha de baixo de "Guiné Bissau", são hipinotizantes. A partir desse disco passei a ser mais um atrás do groove perfeito.

15) "Rap é Compromisso" - Sabotage
Depois dos Racionais, o único rapper que realmente me enfeitiçou foi Sabotage. Além de ser uma figura cativante, Sabota era dono de uma musicalidade única que infelizmente não pode ser totalmente explorada devido a sua morte prematura. Ouvi muito esse disco durante anos.

16) "Take It Easy My Brother Charles" - Jorge Ben
Jorge Ben sempre teve pra mim o sabor de felicidade. Desde pequeno ouvindo seus vinis às festas dançando até o sol raiar suas músicas swingadas. Influenciou diretamente meu jeito de compor e minha tentativa de reproduzir seu swing na mão direita. Pra mim a mistura ideal era a agressividade do punk, o swing de Ben e as letras do Roberto.

17) "Detalhes" - Roberto Carlos
Roberto e Erasmo Carlos são dois compositores geniais, que conseguem pinçar cenas do cotiano e transformá-las em poesia, com a qual qualquer pessoa se identifica. De todos os compositores que podem ser chamados de "românticos" ou "bregas" Roberto é o que mais me influenciou. Para mim os grandes modelos de composições pop perfeitas são as músicas dos Beatles e do Roberto.

18) "Preciso me Encontrar" - Cartola
Toda vez que ouço essa música do Cartola sinto-me emocionado. Acho que esse tipo de música é mágico, te leva para algum lugar nostálgico, como um dia de chuva que desperta lembranças boas.

19) "Bachiana nº 5" - Villa-Lobos
Não sou muio fã de música clássica, mas essa peça em especial se tornou uma das minhas músicas preferidas. A primeira vez que ela me chamou a atenção foi numa versão do grupo mineiro "Uakti". E aquele tipo de música que quando toca te faz sentir bem.

20) "Canto de Ossanha" - Baden Powell & Vinícius de Moraes
Depois dos 22 anos, os acordes do punk rock para mim, foram dividindo seu espaço com algumas das canções de música brasileira, especialmente as músicas com raízes negras. "Canto de Ossanha" tem uma sequência de acordes que me chama a atenção desde que a ouvi no sampler de Marcelo D2 na música "1967". O documentário sobre Vinícius é para mim um grande exemplo de amor à música e à vida.

21) "O Tempo" - Cidadão Instigado
Compus uma música ("De que vale um real?") na primeira vez que assisti ao show do "Cidadão Instigado", em São Paulo. È uma das bandas recentes que mais me agradam. Sua mistura de rock setentista com música romântica é algo que inspira minhas composições no Milhouse. E a guitarra de Catatau é um show a parte.

DOWNLOAD: http://www.mediafire.com/?5tjxyzminin

Bônus:

"Balada do Corno" - Os Milhouse
Balada do Corno - banda Milhouse 2.0



Como bônus uma música do Milhouse. Compus "Balada do Corno" com meu irmão Gabriel sentando na minha cama, numa tarde em São Paulo. Tínhamos nos reunido para escrever "Velho Veado", e a "Balada do Corno" acabou vindo de bônus. Não demos muita bola na época, mas acabou se tornado um dos "crássicos" do Cuecas Rosas, virou hit do "Milhouse" e ganhou uma versão até do humorista Marcelo Adnet. Gostaria de consguir escrever algo tão simples e eficiente como essa música de novo.

Guia de Profissões - Escolha sua carreira

Um site legal para quem procura conhecimento sobre carreiras e profissões é o Guia do Estudante.

Abaixo alguns links sobre profissões interessantes

-Administração
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-Produção de bebidas
-Rádio e TV

1.9.09

Courtney Love - Musas do Rock

-Veja fotos de outras musas rock 'n' roll
-Confira galeria de pin ups
Tá bom, ela é a viúva-negra do rock. Ok, ela é a Yoko Ono do grunge. Ah, ela é uma baranga junkie que só fez sucesso por causa de umas músicas do Kurt Cobain? Bom, Courtney Love já foi bastante detonado desde que casou com o líder do Nirvana e mais ainda quando o cara se matou em 1994. Mas ninguém pode negar: o Hole conseguiu atingir o mainstream com hits roqueiros e clipes na Mtv e Courtney ainda arrancou elogios em suas atuações no cinema, especialmente na biografia do criador da Hustler, "O Povo Contra Larry Flint", pela qual ganhou o Globo de Ouro.


Quando eu era um moleque roqueiro em Penápolis, eu nem dava trela pras fofocas sobre a Courtney. Ela gritava em músicas fodas como "Violet", tinha atitude punk, e não hesitava em pagar peitinho a qualquer momento. Por isso ela está aqui, ao lado da Debbie Harry na nossa categoria de musas do rock. E se acharem ruim eu posto uma foto da Yoko Ono peladona!

Courtney toca "Violet" com o Hole
"

Biografia rápidíssima
Courtney Love Cobain (São Francisco, 9 de julho de 1964) é uma cantora, compositora, atriz, ex-líder da banda norte-americana de rock alternativo Hole e viúva do roqueiro Kurt Cobain.

Trailer de "O Povo Contra Larry Flint"


-Notícias sobre música

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